sábado, 12 de novembro de 2011

O TAL CANHÃO DE NAZARÉ NOS 90



Fim de semana tai e nada como uma boa história do surf adventures da vida. Esse canhão que o hawaiiano, Garret McNamara, agarrou a unha, nas praias dos patricios, conforme narra a bela locutora de TV, em outros anos passados de glórias, já mostrava seu power. Voltando aos noventa, durante a passagem do tour WQS pela Portugal dos bons vinhos, dois malacos do surf internacional perdidos dentro de uma van, juntamente com um fotógrafo brasuca, que na época era superativo, avistaram de cima dos clifs, sim porque a costa portuguesa com certeza é cheia de recortes e altos montes a beirar o mar sagrado. Pois os malandrinhos, no mar da Costa Norte, avistaram pela primeira vez, Nazaré e suas ondas power, numa descoberta bem estilo Cabral e as indias brasileiras. Num impeto de penetrar o tal ser ou não ser de Hamlet, primeiramente um dos gajos, o brasuca como sempre, afoito e pura adrenalina no sangue, encaminhou-se meio que temeroso do que via a cada passo dado, descendo do clif. Mas essas borboletas no estômago, eram desmanchadas com a voz do irmão fotógrafo que filmava a cena e locutava na gravação o fato. E deu no que deu, a primeira caida não aconteceu. Na beira do mar de Nazaré, o gajo, o brasuca power surf, sózinho, sem seu camarada espanhol, parece que era espanhol, um sujeito com nome esquecido por mim agora. Peço até perdão. Me parece que era Dani, dono da van e de um surf competição afiado. Mas o gajo não foi e o brasuca alone, viu da beira o tamanho da encrenca que enfrentaria, na época munido de uma boa e forte gunzeira Hotstick, mesmo entusiasmado pelo fotoman, não caiu. Caminhou, olhou, visualizou, observou a sequência de waves no lugar e desistiu. Tirou parte da roupa de borracha e subiu ao clif. Preservou a vida!
No dia seguinte, o trio novamente de frente para o pico e talvez mais bem alimentados e com mais sanidade mental, resolveram investir em Nazaré. O pico fumegava, porém muito mais alinhado e perfeito que no primeiro dia. Dez, doze pés na faixa me parece. A dupla entrou e fizeram a cabeça, o fotoman, Motaury Porto, realizou o trabalho de registro em foto e filme. Os figuras, Dani e Rodrigo Pedra Dornelles, droparam as waves azuis do tal canhão de Nazaré, e os registros foram parar na midia brasileira e portuguesa. Algum tempo depois, em entrevista autoral minha, Dornelles, me confidenciava que a cobra fuma naquela região quando tem swell. Eu emplaquei a matéria na HARDCORE e com as fotos de Motaury. O filme do tal canhãozinho da costa norte luzitana, vimos em session especial em minha house no north shore gaúcho. O Pedra sentiu a adrenalina pulsar alto, coisa que o malaco hawaiiiano, dropador da praia do Silveira, nos 90, deve ter sentido ao pegar esses Canhãos atuais, que ele está transformando em Big performances. É isso galera, bom findi a todos, o resto é marola. Fiquem com Deus! ALOHA

2 comentários:

SurfOnLine disse...

Que onda essa do Garret hein? Já vi maiores, mas em Portugal... E essa é portuguesa com certeza. Bomba!! E que saudades de ver o surf do Pedra aqui na Silveira... Esse cara faz o surf virar uma arte nas direitas garopabenses.. Irado o seu texto Castro!!

Castro Pereira disse...

Valeu brother, tbem fico amarradão em assistir ao Pedra qdo o mar sobe. Mas quero registrar mais uma vez q uma foto sua da Silveira, está ilustrando a coluna no CAMERASURF. Qto ao seu blog, ele continua o bixo como muitos caras da nossa rede.
Abçs